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Fisiologia das Emoções: como as emoções afetam o corpo físico

  • Foto do escritor: Diogo Pykosz de Oliveira
    Diogo Pykosz de Oliveira
  • 28 de fev. de 2024
  • 6 min de leitura

Trabalho apresentado à XIV Jornada Paranaense de Psicologia Corporal do Instituto Reichiano em outubro de 2022.


fisiologia das emoções


O objetivo deste estudo é compreender como as emoções afetam o corpo físico. No livro, Anatomia Emocional de Stanley Keleman, que foi nossa base de estudo, o autor trás com grande riqueza as alterações que o corpo sofre em sua forma conforme lida com as pressões. Diante destas “pressões”, sejam elas externas ou mesmo internas o corpo gera padrões de respostas que irão afetar todo o organismo, desde as células até a postura corporal, passando por tecidos, bolsas, músculos, respiração, sistema nervoso, hormônios e pulsação (KELEMAN, 1985). Quando a “pressão” passa, o organismo tende a retornar ao seu estado de equilíbrio, a homeostase, porém quando essa pressão tem uma intensidade muito forte ou acontece de forma recorrente, o organismo mantem as respostas corporais, mesmo quando a ameaça finda, gerando assim uma alteração contínua na estrutura corporal e por consequência no seu funcionamento. As alterações na anatomia corporal são muito bem descritas no livro, porém, sentindo falta de como as emoções chegam até o corpo físico é que fui buscar estudos e compartilho aqui, com vocês, as respostas que encontrei.


Começamos entendo os termos Homeostase e Fisiologia. Homeostase é o estado de equilíbrio, que resulta no bom funcionamento do corpo humano, em seu estado de saúde. Fisiologia é a parte da biologia que estuda as funções orgânicas, seus mecanismos e sistemas de controle para a manutenção da homeostase.


Para compreendermos a Fisiologia das emoções precisamos escolher entre dois caminhos. Um mais antigo, pelo menos para nós ocidentais, que é baseado nos conceitos da física newtoniana, que trata o corpo humano como um complexo mecanismo biológico, e outro, mais atual, porém ainda pouco aceito pela medicina ortodoxa, baseado na física einsteiniana, que considera os seres humanos sistemas energéticos dinâmicos. Uma das principais diferenças entre essas abordagens está nos pontos de vista a respeito do corpo humano. Enquanto na newtoniana a visão é materialista e mecanicista, na einsteiniana é quântica e holística (GEBER, 2007).


Em síntese, pela visão newtoniana, as emoções são um conjunto de reações químicas e neurais implícitas à respostas comportamentais básicas e necessárias à sobrevivência. O Sistema Límbico é o conjunto de estruturas do Sistema Nervoso Central que participam da coordenação subjetiva e comportamental das emoções.


Na visão einsteiniana toda matéria é energia. Albert Einstein provou que matéria e energia são duas manifestações diferentes da mesma substância universal. Ele utilizou a equação E=mc², onde E = energia, m = massa e  = velocidade da luz, para comprovar sua teoria (GEBER, 2007). Essa substância universal, que é o mesmo que energia, se manifesta em diversos níveis, diferindo pela sua velocidade de vibração. Tudo o que vibra abaixo da velocidade da luz é considerado matéria física e o que vibra acima é chamado de energia sutil ou matéria etérica. Nosso corpo físico é composto de energia mais densa, é matéria física, e nossos pensamentos e sentimentos são energia sutil, porém vibram em frequências diferentes, como veremos mais a frente.


Na abordagem vibracional, proporcionada pela física quântica, temos um corpo físico e um prolongamento desse sistema físico, através de sistemas superiores de energia, chamados de corpos sutis. Os corpos de frequências energéticas mais altas estão ligados ao corpo físico e interagem de forma dinâmica a ele (GEBER, 2007).


Ao todo possuímos 7 corpos, porém, para não nos prolongarmos nos desdobramentos destes campos, vamos abordar apenas os três corpos com frequências mais próximas ao corpo físico. São estes, o corpo etérico, o corpo emocional e o corpo mental. O corpo etérico é o mais próximo em densidade ao corpo físico, ele é a matriz energética para a fisicalidade, contém as informações como crescimento, reparação celular e desenvolvimento espacial do corpo. Na sequência temos o corpo astral, também chamado de emocional, responsável pelas emoções. Por último o corpo mental onde ocorrem os pensamentos. Todos os corpos se sobrepõem e se relacionam de forma dinâmica. Cada corpo funciona em uma frequência diferente e mais elevada, para melhor compreensão, podemos fazer uma analogia com as notas musicas em um teclado de piano, temos uma oitava, que vai de Dó à Si, e na sequência temos outra oitava porém num tom mais alto (agudo) e cada oitava da sequencia soa mais alta, é o que acontece com os corpos, cada um vibra numa frequência mais alta.


Fomos educados no entendimento newtoniano da vida, onde tudo é material e concreto, fica difícil compreendermos estes conceitos não matérias. Mas esta mesma forma material e mecanicista não conseguem explicar muitas coisas. Pensamos e sentimos, mas não conseguimos pegar nossos pensamentos e sentimentos porque não são físicos, existem sim, manifestações físicas em nosso corpo físico quando isso acontece, como sinapses e liberações hormonais, mas o que a abordagem quântica diz é que a origem dos pensamentos e sentimentos não está no corpo físico, as reações físicas são apenas a expressão na matéria física destas manifestações de origem mais sutil.


Sistemas de cura muito antigos, como a Medicina Tradicional Chinesa, já se utilizam destes conhecimentos de energias sutis há muito tempo no tratamento de males e doenças, mas para nós, ocidentais, são conceitos relativamente novos e ainda estão em processos de estudos e comprovações. No livro Medicina Vibracional, o médico Richard Gerber compilou mais de doze anos de estudo e apresentou como os corpos sutis se conectam e se afetam, proporcionando a compreensão do caminho dos pensamentos e emoções até o nosso corpo físico.


Como cada corpo vibra em uma frequência, faz-se necessário um ‘transformador’, que altere a frequência da energia para esta possa transitar entre os corpos, esta função está a cargo dos chakras. Podemos acompanhar um sistema bidirecional de níveis de energia onde pensamentos provindos do Corpo Mental afetam as emoções no Corpo Emocional, que por consequência causam alterações energéticas no Corpo Etérico e por último se expressam no Corpo Físico, o caminho inverso também acontece (IANDOLI JÚNIOR, 2020). Os chakras são centros de energia que fazem esta interconexão entre os corpos. Entre os corpos Etérico e Físico, temos mais pontos de conexão, os chakras, que são 7 os principais, estão, cada um, conectados à uma parte do sistema nervoso e a uma glândula endócrina, esta conexão acontece por meio dos meridianos acupunturais que são os percussores dos vasos sanguíneos e linfáticos no Corpo Físico e pelos nadis, que são os correspondentes aos nervos corporais no Corpo Etérico (GEBER, 2007). No corpo Físico a cascata de energia se manifesta de forma: elétrica, com os impulsos nervosos; química, com a secreção de hormônios; e mecânica, através das funções motoras (IANDOLI JÚNIOR, 2020).


Nossa mente, consciente ou subconsciente, influencia o tempo todo o nosso corpo, podemos citar como exemplo o efeito placebo e a hipnose (IANDOLI JÚNIOR, 2020). Existem diversos estudos afirmando que a mente influência os genes, mas antes de continuarmos precisamos ter claro que mente é diferente de cérebro e que, o DNA tem todas as receitas para produzir o que o corpo necessita, mas que a ciência ortodoxa newtoniana não sabe responder qual a fonte inteligente que determina o que será expresso pelo DNA como resposta corporal. Diante destes esclarecimentos e desta visão holística do ser humano, é totalmente aceitável que impressões sofridas pelo ser na sua realidade orgânica vão levar a respostas emocionais e a pensamentos, que retornam ao físico, causando alterações corporais através de impulsos elétricos, secreção de hormônios e respostas musculares. Pensamentos nocivos agregados de emoções geram crenças, “as crenças controlam o comportamento, a atividade genética e, consequentemente, o desenvolvimento da vida” (LIPTON, 2007).


As terapias sobre o corpo físico levam a um tratamento meramente sintomático. As que atuam na restauração dos fluxos energéticos estão mais próximas da medicina curativa. Porém a verdadeira cura só ocorrerá quando eliminada a causa primária, e o único que pode realizar esta cura é o próprio indivíduo, exercendo o seu livre-arbítrio (IANDOLI JÚNIOR, 2020).  Com esta colocação do dr. Iandoli fica nítida a importância do trabalho do Psicólogo e do Psicoterapeuta que, além de promoverem o alívio dos sintomas, possuem ferramentas para conduzir seus clientes a realizarem a própria cura.

 

 

REFERÊNCIAS

 

GEBER, Richard. Medicina vibracional: uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix, 2007.


IANDOLI JUNIOR, Décio. Da alma ao corpo físico. 4. ed. São Paulo: AME – Brasil Editora, 2020.


KELEMAN, Stanley. Anatomia emocional. São Paulo: Summus, 1985.


LIPTON, Bruce H. A biologia da crença: ciência e espiritualidade na mesma sintonia: o poder da consciência sobre a matéria e os milagres. São Paulo: Butterfly Editora, 2007.

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